Religião


Existe ou não maldição Bíblica sobre o Continente Africano, o que existe realmente por traz desta cortina de fumaça

O Deputado Pastor Marcos Feliciano, é o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos do Congresso Nacional.  Segundo o Zé Simão, alguém postou no twitter a seguinte mensagem "Moro num país onde o presidente da Comissão de Direitos Humanos é racista, homofóbico, fundamentalista e usa chapinha no cabelo...".
Ainda há quem duvide que esteja em andamento no país um projeto de poder fundamentalista evangélico.  Estão se infiltrando nas comunidades e nas estruturas de poder, no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Confiram mais abaixo a atual composição da Comissão de Direitos Humanos. Com exceção dos que estão marcados em vermelho, os demais apoiaram e votaram no Marco Feliciano.
Para quem não se lembra, em 2011, o Centro Cultural Orùnmilá já chamava a atenção para a postura racista e fundamentalista desse deputado.
A MALDIÇÃO DA EXEGESE CRISTÃ FUNDAMENTALISTA
SOBRE O CONTINENTE AFRICANO E SUA DIÁSPORA
"Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é a polemica".
"sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids. Fome..."
"Sendo possivelmente o 1o. Ato de homossexualismo da história. A maldição de Noé sobre Canaã toca seus descendentes diretos, os africanos”.
"O caso do continente africano é sui generis: quase todas as seitas satânicas, de vodu, são oriundas de lá.  Essas doenças, como a Aids, são todas provenientes da África".
Essas são frases proferidas, verbalmente e / ou por escrito pelo deputado federal Marco Feliciano, de Orlândia - SP, e que vieram à tona nos últimos dias.
O nobre deputado afirmou, ainda, que a sua colocação "Não foi racista. É uma questão teológica".
Essa teoria não é nova. Foi desenvolvida no período da escravização da população africana nas Américas, para aplacar os dramas de consciência dos cristãos, que seutilizaram de um crime de lesa humanidade, a escravidão, para aprisionar, traficar, matar e explorar, acumulando os bens e privilégios econômicos, sociais e culturais que a população branca usufrui no mundo até os dias atuais.
Entre o final do século 15 e o início do século 16, período no qual se estruturava a escravização dos africanos, com autorização expressa do papa Nicolau V, através bularomanus pontifex, teve início também a construção das representações racistas do povo africano. O padre Manoel da Nóbrega, por exemplo, afirmou "Por serdes descendentes deCan e terdes descoberto a vergonha de seu pai deverão os negros serem escravos dos brancos por toda a eternidade".
A escravidão e as maldições são recorrentes e naturalizadas nos textos bíblicos, tanto no velho como no novo testamentos, mas nenhum deles vincula estas questões ao continente africano ou a seu povo.
Analisemos como exemplo o trecho bíblico especificamente utilizado pelosescravocratas de outrora e pelos racistas de hoje, para dissimular sob um suposto "manto religioso" a sua verdadeira intenção de violentar e explorar a população negra, o da "maldição de Noé":
"Os filhos de Noé, que saíram da arca, foram Sem, Can e Jafé; Can é o pai de Canaã. Esses três foram os filhos de Noé e a partir deles se fez o povoamento de toda a terra.
Noé, o cultivador, começou a plantar a vinha. Bebendo vinho, embriagou-se e ficou nu dentro de sua tenda. Can, pai de Canaã, viu a nudez de seu pai e advertiu, fora, a seus dois irmãos. Mas Sem e Jafé tomaram o manto, puseram-no sobre os seus próprios ombros e, andando de costado, cobriram a nudez de seu pai; seus rostos estavam voltados para trás e eles não viram a nudez de seu pai. QuandoNoé acordou de sua embriaguez, soube o que lhe fizera seu filho mais jovem. E disse:
- Maldito seja Canaã! Que ele seja, para seus irmãos, o último dos escravos.
E disse também:
- Bendito seja Iahweh, o Deus de Sem, e que Canaã seja seu escravo! Que Deus dilate a Jafé. Que ele habite nas tendas de Sem, e que Canaã seja teu escravo! "
(Gênesis, 9)
Em outro trecho, a bíblia fala da descendência de Can e das áreas geográficas ocupadas por eles, nenhuma na África:
"Os filhos de Can: Cuche, Mizraim, Pute e Canaã. Os filhos de Cuche: Seba,Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá; e os filhos de Raamá são Sebá e Dedã. Cuchetambém gerou a Ninrode, o qual foi o primeiro a ser poderoso na terra. (...) O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar. Desta mesma terra saiu ele para a Assíria e edificou Nínive, Reobote-Ir, Calá,e Résementre Nínive e Calá (esta é a grande cidade). Mizraim gerou a Ludim, Anamim,Leabim, Naftuim, Patrusim, Casluim (donde saíram os filisteus) e Caftorim. Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e Hete,e ao jebuseu, o amorreu, o girgaseu, oheveu, o arqueu, o sineu,o arvadeu, o zemareu e o hamateu. Depois se espalharam as famílias dos cananeus.Foi o termo dos cananeus desde Sidom, em direção a Gerar, até Gaza; e daí em direção a Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa. São esses os filhos de Can segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações". (Gênesis 10)
Os racistas sempre se pautam na manipulação da informação e das pessoas, de maneira medíocre e superficial, com o simples propósito do exercício do poder, através da negação do outro, da sua cultura, dos seus direitos. Ao longo da história, sempre procuraram se proteger sob alguma elaboração pseudo-teológico, pseudo-filosófico ou pseudo-científico, mas suas teorias nunca resistem a um olhar mais apurado.
Não existe "maldição bíblica" sobre o Continente Africano e sua descendência espalhada pelo planeta através da escravidão, mas existe sim a "maldição" provocada pela exegese mentirosa de cristãos fundamentalistas em cima dos textos bíblicos, como o deputado Marco Feliciano, e que constitui a base de sustentação do racismo e das suas diversas facetas de violência contra a população negra, ao longo da história do contato do povo africano e sua diáspora com a chamada "civilização cristã".
Como bem escreveu Jomo Keniatta, um dos grandes líderes das lutas contra o domínio europeu sobre a África:
"Quando os missionários chegaram, os africanos tinham a terra e os missionários tinham a Bíblia. Eles nos ensinaram a rezar de olhos fechados. Quando nós os abrimos, eles tinham a terra e nós tínhamos a Bíblia"
As estruturas de pensamento e poder da sociedade contemporânea, foram construídas tendo como sustentação pseudo-verdades racistas, utilizadas como instrumentos de dominação e exploração. Para justificar a escravidão nos negaram humanidade, cultura, liberdade, capacidade intelectual, valores e sentimentos. Formataram uma possibilidade MONO de ser, de viver e enxergar o mundo, na qual tudo e todos que não trazem em si as marcas da Europa e do cristianismo, não devem ter o direito de existir, a não ser que neguem a si próprios. Na busca da manutenção dos privilégios construídos durante a escravidão, continua-se a alimentar esse pensamento reducionista, que nega aos africanos e à sua descendência qualquer valoração positiva, e ao mesmo tempo os vincula a valores negativos.
O parlamentar imputa ao continente africano o satanismo, quando na verdade os africanos só descobriram a existência desse ser mítico cristão, que disputa o poder sobre os seres humanos com Deus, quando os próprios cristãos invadiram a África. Práticas e seitassatanistas permeiam os registros históricos que os cristãos fizeram sobre si próprios na Europa Medieval, mas não são encontradas na memória histórica dos povos africanos.
Nos acusa também de paganismo. A palavra "pagão" vem do latim "paganus", que é aquele que mora no "pagus", no campo, na natureza, e que a respeita. Nesse sentido as comunidades tradicionais africanas praticam o paganismo sim, pois consideram que toda a natureza é viva, é sagrada e deve ser preservada com condição essencial para a existência humana. Na busca de acumulação de capital, através da destruição da natureza mundo afora, passaram a vincular as concepções de mundo que se contrapunham a esta prática, como anti-cristianismo. Tivessem os cristãos respeitado esse princípio de sabedoria extrema quando se espalharam pelo planeta terra como uma mazela, não estaria hoje a própria vida humana sendo inviabilizada.
Mas não se trata de uma atitude individual do deputado. Ele apenas rompeu com uma espécie de "etiqueta" ou "consenso" nacional de negação das práticas e do pensamento racista que permeiam a nossa sociedade. O silêncio "consensual" sobre o racismo no Brasil não é mais possível, pois a organização do povo negro na busca de seus direitos tem avançado a cada dia. Queremos nossa história e nossa cultura nas escolas; queremos garantidos os nossos direitos naturais e constitucionais à vida, à igualdade, ao trabalho, à saúde, à educação formal; queremos o direito de ser, de vivenciar nos tradições; e isso implica em diminuir privilégios, em diminuir a "cota" 99% branca nas estruturas de poder, nas universidades...
Pois é, nobre representante do povo no Congresso Nacional, temos a pele negra como a noite, não por alguma maldição divina, e sim pela concentração de melanina que nos protege do sol, mas que infelizmente não nos protege da violência dos racistas. Por isso, só nos resta recorrer à lei que pune o racismo como crime, uma conquista recente do povo negro, num país que nos discrimina há séculos.
Ribeirão Preto, 31 de março de 2011
CENTRO CULTURAL ORÙNMILA


Justiça obriga Igreja Universal a devolver doação de fiel
A 5ª Turma Cível do TJ-DFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios) confirmou sentença da 9ª Vara Cível de Brasília, que determinou à Igreja Universal do Reino de Deus a devolução de R$ 74.341,40, doados por uma fiel que posteriormente se arrependeu de ter entregue a quantia.
O valor deverá ser restituído atualizado monetariamente pelo INPC desde as datas das compensações dos cheques e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês. Os cheques foram compensados em dezembro de 2003 e janeiro de 2004, mas ela só entrou na Justiça, pedindo a nulidade da doação e a restituição do valor doado em 2010.
De acordo com os autos, a fiel frequentava a Igreja Universal do Reino de Deus, pagando seus dízimos em dia. Ao enfrentar um processo de separação judicial, ficou atordoada e fragilizada e teria sido induzida por um pastor a aumentar suas contribuições. Ao receber uma alta quantia por um serviço realizado, alega que passou a ser pressionada pelo Pastor para doar toda a quantia que havia recebido.
Ela acabou doando dois cheques totalizando o valor de mais de R$ 74 mil. Pouco tempo depois, ao perceber que o pastor sumira da igreja, a fiel entrou em depressão, perdeu o emprego e ficou na miséria. Por isso, pediu a nulidade da doação e a restituição de todo o valor.
A Igreja, por sua vez, afirma que a fiel sempre foi empresária, que não ficou sem rendimentos em razão da doação, e que ela tinha capacidade de reflexão e discernimento para avaliar as vantagens de frequentar a Igreja e de fazer doações. Afirmou, ainda, que “a liturgia da Igreja baseia-se na tradição bíblica, ou seja, que é a Bíblia que prevê a oferenda a Deus em inúmeras passagens, destacando, na passagem da viúva pobre, que doar tirando do próprio sustento é um gesto de fé muito mais significativo”.
Ao condenar a Igreja Universal do Reino de Deus a restituir os valores doados, a juíza considerou que a fiel teve o seu sustento comprometido em razão da doação realizada, até porque há testemunhos no processo de que houve carência de recursos até mesmo para alimentação. Segundo ela, a sobrevivência e a dignidade do doador é que são os bens jurídicos protegidos pelo artigo 548 do Código Civil (É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador).
A Igreja Universal do Reino de Deus recorreu, mas a sentença foi confirmada por unanimidade pela Segunda Instância, não cabendo mais recurso de mérito no TJ-DFT
Fonte: http://redeafrobrasileira.com.br/forum/topic/show?id=2526150%3ATopic%3A266506&xgs=1&xg_source=msg_share_topic

O Racismo entre aspas. “Eis por que a raça negra, enquanto raça negra, corporeamente falando, jamais alcançará o nível das raças caucásicas (…)”  Leia as Sete citações de Alan Kardec referente aos Negros.

Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, 3 de outubro de 1804 — Paris, 31 de março de 1869) foi educador, escritor e tradutor francês. Sob o pseudônimo de Allan Kardec, notabilizou-se como o codificador do espiritismo (neologismo por ele criado), também denominado de Doutrina Espírita.
Nascido numa antiga família de orientação católica com tradição na magistratura e na advocacia, desde cedo manifestou propensão para o estudo das ciências e da filosofia.
Fez os seus estudos na Escola de Pestalozzi, no Castelo de Zahringenem, em Yverdon-les-Bains, na Suíça (país protestante), tornando-se um dos seus mais distintos discípulos e ativo propagador de seu método, que tão grande influência teve na reforma do ensino na França e na Alemanha.  
Aos quatorze anos de idade já ensinava aos seus colegas menos adiantados, criando cursos gratuitos para os mesmos. Aos dezoito, bacharelou-se em Ciências e Letras.  Conforme o seu próprio depoimento, publicado em Obras Póstumas, foi em 1854 que o Prof. Rivail ouviu falar pela primeira vez do fenômeno das "mesas girantes", bastante difundido à época, através do seu amigo Fortier, um magnetizador de longa data.
Sem dar muita atenção ao relato naquele momento, atribuindo-o somente ao chamado magnetismo animal de que era estudioso, só em maio de 1855 sua curiosidade se voltou efetivamente para as mesas, quando começou a frequentar reuniões em que tais fenômenos se produziam.
Kardec passou os anos finais da sua vida dedicado à divulgação do Espiritismo entre os diversos simpatizantes, e defendê-lo dos opositores através da Revista Espírita Ou Jornal de Estudos Psicológicos. Faleceu em Paris, a 31 de março de 1869, aos 64 anos de idade, em decorrência da ruptura de um aneurisma, quando trabalhava numa obra sobre as relações entre o Magnetismo e o Espiritismo, ao mesmo tempo em que se preparava para uma mudança de local de trabalho.
Autor de diversos livros, membro de diversas sociedades burguesas e elitistas como ‘Academia Real de Araras’ e portador de vários diplomas.  Ele se destacou na história da humanidade por ter publicado as obras da Codificação em 18 de abril de 1857, quando veio à luz O Livro dos Espíritos, considerado como o marco de fundação do Espiritismo. Apesar de ter deixado um legado inegável, algumas afirmações dele relacionadas aos negros, deixam claro seu posicionamento discriminatório e racista.

Aqui você vai ler uma coletânea com 7 citações de Alan Kardec referente aos negros, todas elas com fonte para pesquisa.
1- “Os negros, pois, como organização física, serão sempre os mesmos; como Espíritos, sem dúvida, são uma raça inferior, quer dizer, primitiva; são verdadeiras crianças às quais pode-se ensinar muita coisa;" (Allan Kardec, “Perfectibilidade da raça negra” Revue Spirite, Abril de 1862)

2- “Sob o mesmo envoltório, quer dizer, com os mesmos instrumentos de manifestação do pensamento, as raças não são perfectíveis senão em limites estreitos, pelas razões que desenvolvemos. Eis por que a raça negra, enquanto raça negra, corporeamente falando, jamais alcançará o nível das raças caucásicas; mas, enquanto Espíritos, é outra coisa; ela pode se tornar, e se tornará, o que somos; somente ser-lhe-á preciso tempo e melhores instrumentos. Eis porque as raças selvagens, mesmo em contato com a civilização, permanecem sempre selvagens; mas, à medida que as raças civilizadas se ampliam, as raças selvagens diminuem, até que desapareçam completamente, como desapareceram as raças dos Caraíbas, dos Guanches, e outras. Os corpos desapareceram, mas em se tornaram os Espíritos? Mais de um, talvez, esteja entre nós”. (Allan Kardec, “Perfectibilidade da raça negra” Revue Spirite, Abril de 1862)

3- "O progresso não foi, pois, uniforme em toda a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso Com efeito, seria impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus civilizados"
(Allan Kardec, A Gênese, ed. LAKE p. 187).

4- "Em relação à sexta questão, dir-se-á, sem dúvida, que o Hotentote é de uma raça inferior; então, perguntaremos se o Hotentote é um homem ou não. Se é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça, deserdado dos privilégios concedidos à raça caucásica? Se não é um homem, porque procurar fazê-lo cristão ?" (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p. 127). Quando fala em Hotentote, os Hotentotes são uma raça de Africanos relativamente pequenos e as mulheres tem bunda grande.

5- "Esses Espíritos dos selvagens, entretanto pertencem à humanidade; atingirão um dia o nível de seus irmãos mais velhos, mas certamente isso não se dará no corpo da mesma raça física, impróprio a certo desenvolvimento intelectual e moral. Quando o instrumento não estiver mais em relação ao desenvolvimento, emigrarão de tal ambiente para se encarnar num grau superior, e assim por diante, até que hajam conquistado todos os graus terrestres, depois do que deixarão a Terra para passar a mundos mais e mais adiantados" (Revue Spirite, abril de 1863, pág. 97: Perfectibilidade da raça negra, in Allan Kardec, A Gênese, Lake _ Livraria Allan Kardec editora, São Paulo, p. 187).

6- “Mas, então, porque nós, civilizados, esclarecidos, nascemos na Europa antes que na Oceania? Em corpos brancos antes que em corpos negros? Por que um ponto de partida tão diferente, se não se progride senão como Espírito? Por que Deus nos isentou do longo caminho que o selvagem deve percorrer? Nossas almas seriam de uma outra natureza que a sua? Por que, então, procurar fazê-lo cristão? Se o fazeis cristão, é que o olhais como vosso igual diante de Deus; se é vosso igual diante de Deus, porque Deus vos concede privilégios? Agiríeis inutilmente, não chegaríeis a nenhuma solução senão admitindo, para nós um progresso anterior, para o selvagem um progresso ulterior; se a alma do selvagem deve progredir ulteriormente, é que ela nos alcançará; se progredimos anteriormente, é que fomos selvagens, porque, se o ponto de partida for diferente, não há mais justiça, e se Deus não é justo, não é Deus. Eis, pois, forçosamente, duas existências extremas: a do selvagem e a do homem mais civilizado.” (Allan Kardec, “Perfectibilidade da raça negra” Revue Spirite, Abril de 1862)

7- O exame frenológico dos povos pouco inteligentes constata a predominância das faculdades instintivas, e a atrofia dos órgãos da inteligência. O que é excepcional nos povos avançados, é a regra em certas raças. Por que isto? É um injusta preferência? Não, é a sabedoria. A natureza é sempre previdente; nada faz de inútil; ora, seria uma coisa inútil dar um instrumento completo a quem não tem meios de se servir dele. Os Espíritos selvagens são Espíritos de crianças, podendo assim se exprimir; entre eles, muitas faculdades ainda estão latentes. Que faria, pois, o Espírito de um Hotentote no corpo de um Arago? Seria como aquele que não sabe a música diante de um excelente piano. Por um razão inversa, que faria o Espírito de Arago no corpo de um Hotentote? Seria como Liszt diante de um piano que não teria senão algumas más cordas falsas, às quais seu talento jamais chegaria a dar sons harmoniosos.” (Allan Kardec, “Perfectibilidade da raça negra” Revue Spirite, Abril de 1862).
 Na verdade existem MAIS citações (muito mais).  Alan Kardec parece ter se dedicado à causa racista com muito empenho.


RETROSPECTIVA 2012 
História Infantil contada nas Igrejas, como “Bola de Neve”, bombardeiam crianças com expressões preconceituosas.
"BOLA DE NEVE"
Bola de Neve era um menino negro, como vocês podem ver. Vivia em uma casa de madeira que não era muito maior que ele. Tinha sua mãe e seu pai e um cachorrinho chamado Duque. Seu nome não era realmente “Bola de Neve”. Chamava-se Joãozinho. Vocês querem saber como ele ganhou o novo nome?
Certo dia Joãozinho foi para uma nova escola. Olhou ao redor e notou que ele era o único menino negro na classe. As outras crianças eram muito malcriadas; olharam para ele e cochicharam umas para as outras: “Olha, que menino preto”! Algumas olharam tanto para Joãozinho que o pobre menino acabou escondendo o rosto nos braços e não olhava mais pra ninguém. Grandes lagrimas rolavam pelo seu rosto, e os soluços sacudiam seus ombros. Na hora do recreio, quando todas as crianças saíram da sala de aulas, um dos meninos maiores apontou para Joãozinho e caçoou:
- Ih! Bola de Neve! Que é que você está fazendo? Derretendo-se?
Como as crianças riram! Pensaram que “Bola de Neve” seria um nome engraçado para um menino negro. Começaram a gritar:
- Ih! Bola de Neve! Bola de Neve!
Até que o menino não pôde mais suportar.
Joãozinho correu rua abaixo, para casa, tão depressa quanto suas perninhas podiam carregá-lo. Seu coração estava cheio de ódio. Odiava aquelas crianças por terem rido dele. E se odiava porque era negro. Imaginava porque Deus o teria feito negro. Desejava de todo o coração ser branco como as outras crianças da classe.
Enquanto corria para casa, passou pela loja da esquina. Havia um anúncio grande na vitrine.
Joãozinho vagarosamente soletrou as palavras: “SABÃO MILAGROSO, TRANSFORMA AS COISAS PRETAS EM BRANCAS. ARTIGO DO DIA R$ 2,00”. Parou por um momento, pensando, e então correu para casa tão rapidamente quanto pôde. Sua mãe não estava em casa, mas ele foi buscar seu próprio cofrinho, contou R$ 2,00 e correu de volta à loja.
- Um pedaço de sabão, por favor, disse ele apontando o anúncio. – Este sabão torna mesmo as coisas bem pretas em brancas?
- Torna sim. – respondeu o dono da loja, enquanto embrulhava o pedaço de sabão.
Bola de Neve ainda estava na banheira quando sua mãe chegou. Tinha se esfregado... Se esfregado... Se esfregado... Até que sua pele ficou muito irritada; mas era ainda um menino negro. Por mais que se lavasse, não poderia mudar a cor de sua pele, e o sabão milagroso não adiantou nada.
Entre soluços contou à mãe que queria se lavar até ficar branco.
- Por quê? – chorava ele. – Por que Deus me fez negro?
Pela ternura de seu rosto, Bola de Neve sabia que sua mãe compreendera. Enquanto ela o enxugava, aplicava óleo na pele irritada e falava meigamente.
Era isto que ela dizia:
- Não sei, meu filho, não sei de modo nenhum por que algumas pessoas nascem negras, outras brancas, outras morenas, outras amarelas. Sei apenas que Deus fez espécies diferentes de pessoas para viverem no mundo; e, uma vez que Deus é bom, deve ser bom que seja assim. Isto eu sei, que Deus preparou um lugar no mundo para todos nós, que Ele nos ama a todos do mesmo modo e deseja que todos os seus filhos se amem uns aos outros. Sei também, meu filho, que Deus não se preocupa muito com a cor do menino por fora. A cor do coração é que importa.
- A cor do coração? – exclamou Joãozinho. – Quer dizer que meu coração também é negro?
- Meu filho – exclamou a mãe – a cor da pele não tem nada haver com a cor do coração. Há crianças de pele branca com coração negro, e há essas como eu, por exemplo, com pele escura, mas, Joãozinho, meu coração está branco.
- Mas, como, mamãe? Como que o coração da senhora ficou branco assim?
- Espere meu filho. Primeiramente você precisa saber o que é que faz o coração escuro. É o pecado. As maldades que nós praticamos. E todas as pessoas pecam, Joãozinho, por isso, todos estão com coração preto. Isto é, se o coração não foi lavado ainda.
- Lavado?! Quer dizer que é possível lavar o coração? Mas, mamãe, o sabão não ajudou nada para me tornar branco.
- Não, meu filho, porque sabão e água não podem purificar o coração. Somente o sangue de Jesus pode nos purificar por dentro do coração. Escute meu filho, Deus vê dentro de nossos corações e, quando vê ódio e egoísmo ou outros pecados ali, não pode olhar para nós, porque Deus não pode tolerar o pecado. Ao mesmo tempo, Deus nos ama e quer ter-nos junto a Si lá no céu um dia. Foi por isso que ele enviou Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo, ao mundo para lavar nossos pecados. Jesus, que nunca pecou, tomou o castigo que nós merecemos, morrendo na cruz em nosso lugar.
Mas Ele ressuscitou ao terceiro dia. Se você o permitir, Jesus pode vir ao seu coração e lavar toda a pretura e escuridão que lá existe e deixará seu coração exatamente como a Bíblia diz: “Lava-me e ficarei mais alvo que a neve (Sl 51:7)”!
Bola de Neve olhou para os olhos ternos de sua mãe.
- Mamãe, é por ter Jesus no coração que a senhora é tão doce e amorosa, por Jesus tê-la lavado por dentro?
- Sim, filho, se você vê algo doce e amoroso em mim, isso é o que o senhor fez em meu coração.
- Então, eu O quero em meu coração, também.
Ajoelhados juntos, o menininho negro e sua mãe fizeram esta oração:
- Senhor Jesus, vem ao coração deste menininho e torna seu coração mais alvo que a neve.
Alguma coisa aconteceu no coração de Bola de Neve. Deus não só tirou toda a amargura e ódio, mas também pôs um grande sorriso feliz no seu rosto e lhe deu coragem para voltar à escola.
No dia seguinte, quando os meninos gritaram: - Ih! Bola de Neve. – e riram, uma voz dentro de Bola de Neve disse: “Ria com eles; você sabe que está realmente branco por dentro. Eles também precisam conhecer Jesus como Salvador”. Assim Bola de Neve riu e mostrou seus dentes brancos e brilhantes. Em seguida, moveu os olhos e as orelhas (brincadeira que o pai lhe tinha ensinado). As crianças riram, mas agora estavam rindo com ele. Um dos meninos chamou:
- Ei, Bola de Neve, venha ver se você é capaz de chutar uma bola conosco
Agora o menino negro nem sequer notou que tinha sido chamado de Bola de Neve; até que estava gostando do nome.
Como a vida mudou para Joãozinho depois de ter o coração purificado pelo sangue de Jesus!
A historia "Bola de Neve", é um produto comercializado pela APEC - Aliança Pró Evangelização das Crianças, que segundo a editora  “trabalha a auto estima da criança e ajuda a criança a lidar com o preconceito e a conviver com a diversidade”.
Fonte: Afrokut
Por que as religiões afro-brasileiras, historicamente chefiadas por mulheres, são lideradas, cada vez mais, por pais de santo.
Fonte: Áfricas / Por Rodrigo Cardoso - 11/12
Umbanda e Candomblé Promovem Mobilização na Baixada, Rio de Janeiro.
POR GERALDO PERELO
O que está por trás dos ataques à novela “Salve Jorge”
Por: Átila Nunes

Projeto social reúne católicos e evangélicos em um terreiro de Umbanda, em Santíssimo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro
Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/projeto-social-reune-catolicos-evangelicos-em-um-terreiro-de-umbanda-em-santissimo-na-zona-oeste-do-rio-6219617.html#ixzz27u9CZH5V
DE MATRIZ AFRICANA: O PAPEL DAS MULHERES NEGRAS NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE FEMININA
Joselia Ferreira dos Reis  e Rita de Cássia Santos Freitas

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