Existe
ou não maldição Bíblica sobre o Continente Africano, o que existe realmente por
traz desta cortina de fumaça
O Deputado Pastor Marcos
Feliciano, é o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos do Congresso
Nacional. Segundo o Zé Simão, alguém
postou no twitter a seguinte mensagem "Moro num país onde o presidente da
Comissão de Direitos Humanos é racista, homofóbico, fundamentalista e usa
chapinha no cabelo...".
Ainda há quem duvide que esteja
em andamento no país um projeto de poder
fundamentalista evangélico. Estão se
infiltrando nas comunidades e nas estruturas de poder, no Executivo, no
Legislativo e no Judiciário. Confiram mais abaixo a atual composição da
Comissão de Direitos Humanos. Com exceção dos que estão marcados em vermelho,
os demais apoiaram e votaram no Marco Feliciano.
Para quem não se lembra, em
2011, o Centro Cultural Orùnmilá já chamava a atenção para a postura racista e
fundamentalista desse deputado.
A MALDIÇÃO DA EXEGESE CRISTÃ FUNDAMENTALISTA
SOBRE O CONTINENTE AFRICANO E SUA DIÁSPORA
"Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é
fato. O motivo da maldição é a polemica".
"sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo,
ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids. Fome..."
"Sendo possivelmente o 1o. Ato de homossexualismo da história.
A maldição de Noé sobre Canaã toca seus descendentes diretos, os africanos”.
"O caso do continente africano é sui generis: quase todas as
seitas satânicas, de vodu, são oriundas de lá.
Essas doenças, como a Aids, são todas provenientes da África".
Essas são frases proferidas,
verbalmente e / ou por escrito pelo deputado federal Marco Feliciano, de
Orlândia - SP, e que vieram à tona nos últimos dias.
O nobre deputado afirmou, ainda,
que a sua colocação "Não foi racista. É uma questão teológica".
Essa teoria não é nova. Foi
desenvolvida no período da escravização da população africana nas Américas,
para aplacar os dramas de consciência dos cristãos, que seutilizaram de um
crime de lesa humanidade, a escravidão, para aprisionar, traficar, matar e
explorar, acumulando os bens e privilégios econômicos, sociais e culturais que
a população branca usufrui no mundo até os dias atuais.
Entre o final do século 15 e o
início do século 16, período no qual se estruturava a escravização dos
africanos, com autorização expressa do papa Nicolau V, através bularomanus
pontifex, teve início também a construção das representações racistas do povo
africano. O padre Manoel da Nóbrega, por exemplo, afirmou "Por serdes
descendentes deCan e terdes descoberto a vergonha de seu pai deverão os negros
serem escravos dos brancos por toda a eternidade".
A escravidão e as maldições são
recorrentes e naturalizadas nos textos bíblicos, tanto no velho como no novo testamentos,
mas nenhum deles vincula estas questões ao continente africano ou a seu povo.
Analisemos como exemplo o
trecho bíblico especificamente utilizado pelosescravocratas de outrora e pelos
racistas de hoje, para dissimular sob um suposto "manto religioso" a
sua verdadeira intenção de violentar e explorar a população negra, o da
"maldição de Noé":
"Os filhos de Noé, que
saíram da arca, foram Sem, Can e Jafé; Can é o pai de Canaã. Esses três foram
os filhos de Noé e a partir deles se fez o povoamento de toda a terra.
Noé, o cultivador, começou a
plantar a vinha. Bebendo vinho, embriagou-se e ficou nu dentro de sua tenda.
Can, pai de Canaã, viu a nudez de seu pai e advertiu, fora, a seus dois irmãos.
Mas Sem e Jafé tomaram o manto, puseram-no sobre os seus próprios ombros e,
andando de costado, cobriram a nudez de seu pai; seus rostos estavam voltados
para trás e eles não viram a nudez de seu pai. QuandoNoé acordou de sua
embriaguez, soube o que lhe fizera seu filho mais jovem. E disse:
- Maldito seja Canaã! Que ele
seja, para seus irmãos, o último dos escravos.
E disse também:
- Bendito seja Iahweh, o Deus
de Sem, e que Canaã seja seu escravo! Que Deus dilate a Jafé. Que ele habite
nas tendas de Sem, e que Canaã seja teu escravo! "
(Gênesis, 9)
Em outro trecho, a bíblia fala
da descendência de Can e das áreas geográficas ocupadas por eles, nenhuma na
África:
"Os filhos de Can: Cuche,
Mizraim, Pute e Canaã. Os filhos de Cuche: Seba,Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá;
e os filhos de Raamá são Sebá e Dedã. Cuchetambém gerou a Ninrode, o qual foi o
primeiro a ser poderoso na terra. (...) O princípio do seu reino foi Babel,
Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar. Desta mesma terra saiu ele para a
Assíria e edificou Nínive, Reobote-Ir, Calá,e Résementre Nínive e Calá (esta é
a grande cidade). Mizraim gerou a Ludim, Anamim,Leabim, Naftuim, Patrusim,
Casluim (donde saíram os filisteus) e Caftorim. Canaã gerou a Sidom, seu
primogênito, e Hete,e ao jebuseu, o amorreu, o girgaseu, oheveu, o arqueu, o
sineu,o arvadeu, o zemareu e o hamateu. Depois se espalharam as famílias dos
cananeus.Foi o termo dos cananeus desde Sidom, em direção a Gerar, até Gaza; e
daí em direção a Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa. São esses os filhos
de Can segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em
suas nações". (Gênesis 10)
Os racistas sempre se pautam na
manipulação da informação e das pessoas, de maneira medíocre e superficial, com
o simples propósito do exercício do poder, através da negação do outro, da sua
cultura, dos seus direitos. Ao longo da história, sempre procuraram se proteger
sob alguma elaboração pseudo-teológico, pseudo-filosófico ou pseudo-científico,
mas suas teorias nunca resistem a um olhar mais apurado.
Não existe "maldição
bíblica" sobre o Continente Africano e sua descendência espalhada pelo
planeta através da escravidão, mas existe sim a "maldição" provocada
pela exegese mentirosa de cristãos fundamentalistas em cima dos textos
bíblicos, como o deputado Marco Feliciano, e que constitui a base de
sustentação do racismo e das suas diversas facetas de violência contra a
população negra, ao longo da história do contato do povo africano e sua
diáspora com a chamada "civilização cristã".
Como bem escreveu Jomo
Keniatta, um dos grandes líderes das lutas contra o domínio europeu sobre a
África:
"Quando os missionários
chegaram, os africanos tinham a terra e os missionários tinham a Bíblia. Eles
nos ensinaram a rezar de olhos fechados. Quando nós os abrimos, eles tinham a
terra e nós tínhamos a Bíblia"
As estruturas de pensamento e
poder da sociedade contemporânea, foram construídas tendo como sustentação
pseudo-verdades racistas, utilizadas como instrumentos de dominação e
exploração. Para justificar a escravidão nos negaram humanidade, cultura, liberdade,
capacidade intelectual, valores e sentimentos. Formataram uma possibilidade
MONO de ser, de viver e enxergar o mundo, na qual tudo e todos que não trazem
em si as marcas da Europa e do cristianismo, não devem ter o direito de
existir, a não ser que neguem a si próprios. Na busca da manutenção dos
privilégios construídos durante a escravidão, continua-se a alimentar esse
pensamento reducionista, que nega aos africanos e à sua descendência qualquer
valoração positiva, e ao mesmo tempo os vincula a valores negativos.
O parlamentar imputa ao
continente africano o satanismo, quando na verdade os africanos só descobriram
a existência desse ser mítico cristão, que disputa o poder sobre os seres
humanos com Deus, quando os próprios cristãos invadiram a África. Práticas e
seitassatanistas permeiam os registros históricos que os cristãos fizeram sobre
si próprios na Europa Medieval, mas não são encontradas na memória histórica
dos povos africanos.
Nos acusa também de paganismo.
A palavra "pagão" vem do latim "paganus", que é aquele que
mora no "pagus", no campo, na natureza, e que a respeita. Nesse
sentido as comunidades tradicionais africanas praticam o paganismo sim, pois
consideram que toda a natureza é viva, é sagrada e deve ser preservada com condição
essencial para a existência humana. Na busca de acumulação de capital, através
da destruição da natureza mundo afora, passaram a vincular as concepções de
mundo que se contrapunham a esta prática, como anti-cristianismo. Tivessem os
cristãos respeitado esse princípio de sabedoria extrema quando se espalharam
pelo planeta terra como uma mazela, não estaria hoje a própria vida humana
sendo inviabilizada.
Mas não se trata de uma atitude
individual do deputado. Ele apenas rompeu com uma espécie de
"etiqueta" ou "consenso" nacional de negação das práticas e
do pensamento racista que permeiam a nossa sociedade. O silêncio
"consensual" sobre o racismo no Brasil não é mais possível, pois a
organização do povo negro na busca de seus direitos tem avançado a cada dia.
Queremos nossa história e nossa cultura nas escolas; queremos garantidos os
nossos direitos naturais e constitucionais à vida, à igualdade, ao trabalho, à
saúde, à educação formal; queremos o direito de ser, de vivenciar nos
tradições; e isso implica em diminuir privilégios, em diminuir a
"cota" 99% branca nas estruturas de poder, nas universidades...
Pois é, nobre representante do
povo no Congresso Nacional, temos a pele negra como a noite, não por alguma
maldição divina, e sim pela concentração de melanina que nos protege do sol,
mas que infelizmente não nos protege da violência dos racistas. Por isso, só
nos resta recorrer à lei que pune o racismo como crime, uma conquista recente
do povo negro, num país que nos discrimina há séculos.
Ribeirão Preto, 31 de março de
2011
CENTRO CULTURAL ORÙNMILA
Justiça obriga Igreja Universal a devolver
doação de fiel
A 5ª
Turma Cível do TJ-DFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos
Territórios) confirmou sentença da 9ª Vara Cível de Brasília, que determinou à
Igreja Universal do Reino de Deus a devolução de R$ 74.341,40, doados por uma
fiel que posteriormente se arrependeu de ter entregue a quantia.
O valor
deverá ser restituído atualizado monetariamente pelo INPC desde as datas das
compensações dos cheques e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês. Os cheques
foram compensados em dezembro de 2003 e janeiro de 2004, mas ela só entrou na
Justiça, pedindo a nulidade da doação e a restituição do valor doado em 2010.
De
acordo com os autos, a fiel frequentava a Igreja Universal do Reino de Deus,
pagando seus dízimos em dia. Ao enfrentar um processo de separação judicial,
ficou atordoada e fragilizada e teria sido induzida por um pastor a aumentar
suas contribuições. Ao receber uma alta quantia por um serviço realizado, alega
que passou a ser pressionada pelo Pastor para doar toda a quantia que havia
recebido.
Ela
acabou doando dois cheques totalizando o valor de mais de R$ 74 mil. Pouco
tempo depois, ao perceber que o pastor sumira da igreja, a fiel entrou em
depressão, perdeu o emprego e ficou na miséria. Por isso, pediu a nulidade da
doação e a restituição de todo o valor.
A
Igreja, por sua vez, afirma que a fiel sempre foi empresária, que não ficou sem
rendimentos em razão da doação, e que ela tinha capacidade de reflexão e
discernimento para avaliar as vantagens de frequentar a Igreja e de fazer
doações. Afirmou, ainda, que “a liturgia da Igreja baseia-se na tradição
bíblica, ou seja, que é a Bíblia que prevê a oferenda a Deus em inúmeras
passagens, destacando, na passagem da viúva pobre, que doar tirando do próprio
sustento é um gesto de fé muito mais significativo”.
Ao
condenar a Igreja Universal do Reino de Deus a restituir os valores doados, a
juíza considerou que a fiel teve o seu sustento comprometido em razão da doação
realizada, até porque há testemunhos no processo de que houve carência de
recursos até mesmo para alimentação. Segundo ela, a sobrevivência e a dignidade
do doador é que são os bens jurídicos protegidos pelo artigo 548 do Código
Civil (É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda
suficiente para a subsistência do doador).
A
Igreja Universal do Reino de Deus recorreu, mas a sentença foi confirmada por
unanimidade pela Segunda Instância, não cabendo mais recurso de mérito no
TJ-DFT
Fonte: http://redeafrobrasileira.com.br/forum/topic/show?id=2526150%3ATopic%3A266506&xgs=1&xg_source=msg_share_topic
O Racismo entre aspas. “Eis por que a raça negra, enquanto raça negra, corporeamente falando, jamais alcançará o nível das raças caucásicas (…)” Leia as Sete citações de Alan Kardec referente aos Negros.
Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, 3
de outubro de 1804 — Paris, 31 de março de 1869) foi educador, escritor e
tradutor francês. Sob o pseudônimo de Allan Kardec, notabilizou-se como o
codificador do espiritismo (neologismo por ele criado), também denominado de
Doutrina Espírita.
Nascido numa antiga família de
orientação católica com tradição na magistratura e na advocacia, desde cedo
manifestou propensão para o estudo das ciências e da filosofia.
Fez os seus estudos na Escola de
Pestalozzi, no Castelo de Zahringenem, em Yverdon-les-Bains, na Suíça (país
protestante), tornando-se um dos seus mais distintos discípulos e ativo
propagador de seu método, que tão grande influência teve na reforma do ensino
na França e na Alemanha.
Aos quatorze anos de idade já ensinava
aos seus colegas menos adiantados, criando cursos gratuitos para os mesmos. Aos
dezoito, bacharelou-se em Ciências e Letras. Conforme o seu
próprio depoimento, publicado em Obras Póstumas, foi em 1854 que o Prof. Rivail
ouviu falar pela primeira vez do fenômeno das "mesas girantes",
bastante difundido à época, através do seu amigo Fortier, um magnetizador de
longa data.
Sem dar muita atenção ao relato naquele momento, atribuindo-o
somente ao chamado magnetismo animal de que era estudioso, só em maio de 1855
sua curiosidade se voltou efetivamente para as mesas, quando começou a
frequentar reuniões em que tais fenômenos se produziam.
Kardec passou os anos finais da sua vida
dedicado à divulgação do Espiritismo entre os diversos simpatizantes, e
defendê-lo dos opositores através da Revista Espírita Ou Jornal de Estudos
Psicológicos. Faleceu em Paris, a 31 de março de 1869, aos 64 anos de idade, em
decorrência da ruptura de um aneurisma, quando trabalhava numa obra sobre as
relações entre o Magnetismo e o Espiritismo, ao mesmo tempo em que se preparava
para uma mudança de local de trabalho.
Autor de diversos livros, membro de diversas
sociedades burguesas e elitistas como ‘Academia Real de Araras’ e portador de
vários diplomas. Ele se destacou na
história da humanidade por ter publicado as obras da Codificação em 18 de abril
de 1857, quando veio à luz O Livro dos Espíritos, considerado como o marco de
fundação do Espiritismo. Apesar de ter deixado um legado inegável, algumas
afirmações dele relacionadas aos negros, deixam claro seu posicionamento
discriminatório e racista.
Aqui
você vai ler uma coletânea com 7 citações de Alan Kardec referente aos negros,
todas elas com fonte para pesquisa.
1- “Os negros, pois, como organização física, serão
sempre os mesmos; como Espíritos, sem dúvida, são uma raça inferior, quer
dizer, primitiva; são verdadeiras crianças às quais pode-se ensinar muita
coisa;" (Allan Kardec, “Perfectibilidade da raça negra” Revue Spirite,
Abril de 1862)
2- “Sob o mesmo envoltório, quer dizer, com os
mesmos instrumentos de manifestação do pensamento, as raças não são
perfectíveis senão em limites estreitos, pelas razões que desenvolvemos. Eis
por que a raça negra, enquanto raça negra, corporeamente falando, jamais
alcançará o nível das raças caucásicas; mas, enquanto Espíritos, é outra coisa;
ela pode se tornar, e se tornará, o que somos; somente ser-lhe-á preciso tempo
e melhores instrumentos. Eis porque as raças selvagens, mesmo em contato com a
civilização, permanecem sempre selvagens; mas, à medida que as raças
civilizadas se ampliam, as raças selvagens diminuem, até que desapareçam
completamente, como desapareceram as raças dos Caraíbas, dos Guanches, e
outras. Os corpos desapareceram, mas em se tornaram os Espíritos? Mais de um,
talvez, esteja entre nós”. (Allan Kardec, “Perfectibilidade da raça negra” Revue
Spirite, Abril de 1862)
3- "O progresso não foi, pois, uniforme em toda
a espécie humana; as raças mais inteligentes naturalmente progrediram mais que
as outras, sem contar que os Espíritos, recentemente nascidos na vida
espiritual, vindo a se encarnar sobre a Terra desde que chegaram em primeiro
lugar, tornam mais sensíveis a diferença do progresso Com efeito, seria
impossível atribuir a mesma antiguidade de criação aos selvagens que mal se
distinguem dos macacos, que aos chineses, e ainda menos aos europeus
civilizados"
(Allan Kardec, A Gênese, ed. LAKE p.
187).
4- "Em relação à sexta questão, dir-se-á, sem
dúvida, que o Hotentote é de uma raça inferior; então, perguntaremos se o
Hotentote é um homem ou não. Se é um homem, por que Deus o fez, e à sua raça,
deserdado dos privilégios concedidos à raça caucásica? Se não é um homem,
porque procurar fazê-lo cristão ?" (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos,
Instituto de Difusão Espírita, Araras, São Paulo, sem data, capítulo V, p.
127). Quando fala em Hotentote, os Hotentotes são uma raça de Africanos
relativamente pequenos e as mulheres tem bunda grande.
5- "Esses Espíritos dos selvagens, entretanto
pertencem à humanidade; atingirão um dia o nível de seus irmãos mais velhos,
mas certamente isso não se dará no corpo da mesma raça física, impróprio a
certo desenvolvimento intelectual e moral. Quando o instrumento não estiver
mais em relação ao desenvolvimento, emigrarão de tal ambiente para se encarnar
num grau superior, e assim por diante, até que hajam conquistado todos os graus
terrestres, depois do que deixarão a Terra para passar a mundos mais e mais
adiantados" (Revue Spirite, abril de 1863, pág. 97: Perfectibilidade da
raça negra, in Allan Kardec, A Gênese, Lake _ Livraria Allan Kardec editora,
São Paulo, p. 187).
6- “Mas, então, porque nós, civilizados,
esclarecidos, nascemos na Europa antes que na Oceania? Em corpos brancos antes
que em corpos negros? Por que um ponto de partida tão diferente, se não se
progride senão como Espírito? Por que Deus nos isentou do longo caminho que o
selvagem deve percorrer? Nossas almas seriam de uma outra natureza que a sua?
Por que, então, procurar fazê-lo cristão? Se o fazeis cristão, é que o olhais
como vosso igual diante de Deus; se é vosso igual diante de Deus, porque Deus
vos concede privilégios? Agiríeis inutilmente, não chegaríeis a nenhuma solução
senão admitindo, para nós um progresso anterior, para o selvagem um progresso
ulterior; se a alma do selvagem deve progredir ulteriormente, é que ela nos
alcançará; se progredimos anteriormente, é que fomos selvagens, porque, se o ponto
de partida for diferente, não há mais justiça, e se Deus não é justo, não é
Deus. Eis, pois, forçosamente, duas existências extremas: a do selvagem e a do
homem mais civilizado.” (Allan Kardec, “Perfectibilidade da raça negra” Revue
Spirite, Abril de 1862)
7- O exame frenológico dos povos pouco inteligentes
constata a predominância das faculdades instintivas, e a atrofia dos órgãos da
inteligência. O que é excepcional nos povos avançados, é a regra em certas
raças. Por que isto? É um injusta preferência? Não, é a sabedoria. A natureza é
sempre previdente; nada faz de inútil; ora, seria uma coisa inútil dar um
instrumento completo a quem não tem meios de se servir dele. Os Espíritos
selvagens são Espíritos de crianças, podendo assim se exprimir; entre eles,
muitas faculdades ainda estão latentes. Que faria, pois, o Espírito de um
Hotentote no corpo de um Arago? Seria como aquele que não sabe a música diante
de um excelente piano. Por um razão inversa, que faria o Espírito de Arago no
corpo de um Hotentote? Seria como Liszt diante de um piano que não teria senão
algumas más cordas falsas, às quais seu talento jamais chegaria a dar sons
harmoniosos.” (Allan Kardec, “Perfectibilidade da raça negra” Revue Spirite,
Abril de 1862).
Na verdade existem MAIS citações (muito mais). Alan Kardec parece ter se dedicado à causa
racista com muito empenho.
RETROSPECTIVA 2012
História
Infantil contada nas Igrejas, como “Bola de Neve”, bombardeiam crianças com
expressões preconceituosas.
"BOLA
DE NEVE"
Bola de Neve era um
menino negro, como vocês podem ver. Vivia em uma casa de madeira que não era
muito maior que ele. Tinha sua mãe e seu pai e um cachorrinho chamado Duque.
Seu nome não era realmente “Bola de Neve”. Chamava-se Joãozinho. Vocês querem
saber como ele ganhou o novo nome?
Certo dia Joãozinho
foi para uma nova escola. Olhou ao redor e notou que ele era o único menino
negro na classe. As outras crianças eram muito malcriadas; olharam para ele e
cochicharam umas para as outras: “Olha, que menino preto”! Algumas olharam
tanto para Joãozinho que o pobre menino acabou escondendo o rosto nos braços e
não olhava mais pra ninguém. Grandes lagrimas rolavam pelo seu rosto, e os
soluços sacudiam seus ombros. Na hora do recreio, quando todas as crianças
saíram da sala de aulas, um dos meninos maiores apontou para Joãozinho e
caçoou:
- Ih! Bola de Neve!
Que é que você está fazendo? Derretendo-se?
Como as crianças
riram! Pensaram que “Bola de Neve” seria um nome engraçado para um menino
negro. Começaram a gritar:
- Ih! Bola de Neve!
Bola de Neve!
Até que o menino não
pôde mais suportar.
Joãozinho correu rua
abaixo, para casa, tão depressa quanto suas perninhas podiam carregá-lo. Seu
coração estava cheio de ódio. Odiava aquelas crianças por terem rido dele. E se
odiava porque era negro. Imaginava porque Deus o teria feito negro. Desejava de
todo o coração ser branco como as outras crianças da classe.
Enquanto corria para
casa, passou pela loja da esquina. Havia um anúncio grande na vitrine.
Joãozinho
vagarosamente soletrou as palavras: “SABÃO MILAGROSO, TRANSFORMA AS COISAS PRETAS EM BRANCAS. ARTIGO DO
DIA R$ 2,00”. Parou por um
momento, pensando, e então correu para casa tão rapidamente quanto pôde. Sua
mãe não estava em casa, mas ele foi buscar seu próprio cofrinho, contou R$ 2,00
e correu de volta à loja.
- Um pedaço de sabão,
por favor, disse ele apontando o anúncio. – Este sabão torna mesmo as coisas
bem pretas em brancas?
Bola de Neve ainda
estava na banheira quando sua mãe chegou. Tinha se esfregado... Se esfregado...
Se esfregado... Até que sua pele ficou muito irritada; mas era ainda um menino
negro. Por mais que se lavasse, não poderia mudar a cor de sua pele, e o sabão
milagroso não adiantou nada.
Entre soluços contou à
mãe que queria se lavar até ficar branco.
- Por quê? – chorava
ele. – Por que Deus me fez negro?
Pela ternura de seu
rosto, Bola de Neve sabia que sua mãe compreendera. Enquanto ela o enxugava,
aplicava óleo na pele irritada e falava meigamente.
Era isto que ela
dizia:
- Não sei, meu filho,
não sei de modo nenhum por que algumas pessoas nascem negras, outras brancas,
outras morenas, outras amarelas. Sei apenas que Deus fez espécies diferentes de
pessoas para viverem no mundo; e, uma vez que Deus é bom, deve ser bom que seja
assim. Isto eu sei, que Deus preparou um lugar no mundo para todos nós, que Ele
nos ama a todos do mesmo modo e deseja que todos os seus filhos se amem uns aos
outros. Sei também, meu filho, que Deus não se preocupa muito com a cor do
menino por fora. A cor do coração é que importa.
- Meu filho – exclamou
a mãe – a cor da pele não tem nada haver com a cor do coração. Há crianças de
pele branca com coração negro, e há essas como eu, por exemplo, com pele
escura, mas, Joãozinho, meu coração está branco.
- Mas, como, mamãe?
Como que o coração da senhora ficou branco assim?
- Espere meu filho.
Primeiramente você precisa saber o que é que faz o coração escuro. É o pecado.
As maldades que nós praticamos. E todas as pessoas pecam, Joãozinho, por isso,
todos estão com coração preto. Isto é, se o coração não foi lavado ainda.
- Lavado?! Quer dizer
que é possível lavar o coração? Mas, mamãe, o sabão não ajudou nada para me
tornar branco.
- Não, meu filho, porque
sabão e água não podem purificar o coração. Somente o sangue de Jesus pode nos
purificar por dentro do coração. Escute meu filho, Deus vê dentro de nossos
corações e, quando vê ódio e egoísmo ou outros pecados ali, não pode olhar para
nós, porque Deus não pode tolerar o pecado. Ao mesmo tempo, Deus nos ama e quer
ter-nos junto a Si lá no céu um dia. Foi por isso que ele enviou Seu Filho, o
Senhor Jesus Cristo, ao mundo para lavar nossos pecados. Jesus, que nunca
pecou, tomou o castigo que nós merecemos, morrendo na cruz em nosso lugar.
Mas Ele ressuscitou ao
terceiro dia. Se você o permitir, Jesus pode vir ao seu coração e lavar toda a
pretura e escuridão que lá existe e deixará seu coração exatamente como a
Bíblia diz: “Lava-me e ficarei mais alvo que a neve (Sl 51:7)”!
Bola de Neve olhou
para os olhos ternos de sua mãe.
- Mamãe, é por ter
Jesus no coração que a senhora é tão doce e amorosa, por Jesus tê-la lavado por
dentro?
- Sim, filho, se você
vê algo doce e amoroso em mim, isso é o que o senhor fez em meu coração.
- Então, eu O quero em
meu coração, também.
Ajoelhados juntos, o
menininho negro e sua mãe fizeram esta oração:
- Senhor Jesus, vem ao
coração deste menininho e torna seu coração mais alvo que a neve.
Alguma coisa aconteceu
no coração de Bola de Neve. Deus não só tirou toda a amargura e ódio, mas
também pôs um grande sorriso feliz no seu rosto e lhe deu coragem para voltar à
escola.
No dia seguinte,
quando os meninos gritaram: - Ih! Bola de Neve. – e riram, uma voz dentro de
Bola de Neve disse: “Ria com eles; você sabe que está realmente branco por
dentro. Eles também precisam conhecer Jesus como Salvador”. Assim Bola de Neve
riu e mostrou seus dentes brancos e brilhantes. Em seguida, moveu os olhos e as
orelhas (brincadeira que o pai lhe tinha ensinado). As crianças riram, mas
agora estavam rindo com ele. Um dos meninos chamou:
- Ei, Bola de Neve,
venha ver se você é capaz de chutar uma bola conosco
Agora o menino negro
nem sequer notou que tinha sido chamado de Bola de Neve; até que estava gostando
do nome.
Como a vida mudou para
Joãozinho depois de ter o coração purificado pelo sangue de Jesus!
A historia "Bola
de Neve", é um produto comercializado pela APEC - Aliança Pró
Evangelização das Crianças, que segundo a editora “trabalha a auto estima da criança e ajuda a
criança a lidar com o preconceito e a conviver com a diversidade”.
Fonte: Afrokut
Por que as religiões afro-brasileiras,
historicamente chefiadas por mulheres, são lideradas, cada vez mais, por pais
de santo.
Fonte: Áfricas / Por Rodrigo
Cardoso - 11/12
Umbanda
e Candomblé Promovem Mobilização na Baixada, Rio de Janeiro.
POR
GERALDO PERELO
O que está por trás
dos ataques à novela “Salve Jorge”
Por: Átila Nunes
Projeto social reúne católicos e evangélicos em um terreiro de Umbanda, em Santíssimo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro
Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/projeto-social-reune-catolicos-evangelicos-em-um-terreiro-de-umbanda-em-santissimo-na-zona-oeste-do-rio-6219617.html#ixzz27u9CZH5V
Joselia Ferreira dos Reis e Rita
de Cássia Santos Freitas
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